Fui apresentada à Carla Furtado, pela generosidade da minha amiga Lília Tavares. É a poesia de Portugal, que tanto me encanta.
Para conhecer, um pouco mais da poesia da Carla, confiram o seu blog.
Para conhecer, um pouco mais da poesia da Carla, confiram o seu blog.
UMA PÉTALA QUE PERDIDA
"O meu amor por ti
nunca nasceu…
nascer é ter uma data
E isso, o meu amor não tem.
nasceu quando Alguém mo deu
E eu recebi-o como quem colhia
uma pétala que perdida voava
E em vão tentava
unir-se ao malmequer
De onde se soltara.
Estava quase morta
– A pétala – mas sorria.
E com os seus olhos brandos, esverdeados,
Apontava para a pequenina haste
Da flor que nas minhas mãos ardia
E suplicava por beber daquela seiva que subia.
E agora… eu que tentei
Dar vida ao que nem sei,
Vou morrendo
Ao mesmo tempo
Que na haste morre
A seiva que te dei.
E o nosso tempo
É somente o tempo
Da tua nossa seiva
Que gerei."
@ Carla Furtado Ribeiro, "Em Silêncio", Chiado Edit. , Lisboa 2013
"(...) E com os seus olhos brandos, esverdeados,
ResponderExcluirApontava para a pequenina haste
Da flor que nas minhas mãos ardia
E suplicava por beber daquela seiva que subia..."
*
Queridas Ana Maria e Carla, a Poesia, a seiva, as palavras, a generosidade e o carinho juntam Pessoas muito especiais. Estou diante de duas. Abraço-vos.
Lília Tavares
Ah, Lília! Sempre delicada e querida! Muito obrigada!
ExcluirBeijo