Que horas são?

sábado, 6 de julho de 2013

MERCADO PÚBLICO EM PORTO ALEGRE


         (06/07/2013 | Crédito: Félix Zucco/Agencia RBS)



Um incêndio destruiu grande parte do prédio do Mercado Público de Porto Alegre, nesta noite de sexta-feira, 06/07/2013.



         (Eduardo Sikorsky/Agencia RBS)




   
         (Eduardo Sikorsky/Agencia RBS)



MEMÓRIA





Mãos dadas com a memória, caminho.



 

quinta-feira, 4 de julho de 2013

ABRAÇO



         



Para a Lília Tavares, meus melhores pensamentos.



O QUE TEMOS

  (Por que necessito dos sonhos para alimentar minha alma...)
                             



O QUE TEMOS



"Deixei contigo o meu amor,
música de açúcar a meio da tarde,
um botão de vestido por apertar,
e o da vida por desapertar,
a flor que secou nas páginas de um livro,
tantas palavras por dizer 
e a pressa de chegar,
com o azul do céu à saída.
por entre cafés fechados e um por abrir.

Mas trouxe comigo o teu amor,
os murmúrios que o dizem quando os lembro, 
a surpresa de um brilho no olhar, 
brinco perdido em secreto campo,
o remorso de partir ao chegar,
e tudo descobrir de cada vez, 
mesmo que seja igual ao que vês 
neste caminho por encontrar 
em que só tu me consegues guiar.

Por isso tenho tudo o que preciso
mesmo que nada nos seja dado;
e basta-me lembrar o teu sorriso
para te sentir ao meu lado."


Nuno Júdice



quarta-feira, 3 de julho de 2013

INTENSIDADE







"Com um cinismo demiúrgico, abafamos nas horas a presença absoluta, inquebrantável, do desespero. Eis o maior dos enigmas: como isso é possível? Como é possível tamanha monstruosidade? Cada homem carrega, no ermo do coração, um lobo insone que uiva sem descanso, a dor sem limites de existir. E ainda assim seguimos, entre o tédio e olvido, em idas e vindas sem sentido. E ainda assim seguimos..."



Felipe Stefani (que é escritor, poeta e artista plástico e escreve coisas que cabem na vida de quem lê.)




O blog do Felipe



OVELHA NEGRA




Em tempos de comportamentos-padrão, ser ovelha negra é uma qualidade inspiradora.



Origem da Expressão Ovelha Negra

"A maioria das ovelhas são brancas e claras, porém, as vezes ocorrem mutações genéticas, e nasce uma preta, destacando-se muito das demais. A expressão surgiu com o pastoreio, geralmente a ovelha que nascia preta era aquela que não acompanhava os outros animais, era mais difícil cuidá-la e tratá-la. Mesmo cuidando tão bem de todas, muitas vezes o pastor não conseguia evitar que ela se tornasse diferente, então a chamavam de ovelha negra.

Portanto, os pastores e fazendeiros preferiam sempre as ovelhas brancas, porque a lã branca podia ser tingida e o animal tinha mais valor de mercado."




SOLIDÃO

                 

"a solidão chegou com pés de arame 
cercando-me de vazios e fincando desertos."



                          Karinne Santiago



Karinne escreve poesia com as mãos do feminino.




terça-feira, 2 de julho de 2013

UM DOMINGO NA REDENÇÃO





                            Ana Lúcia 



"... amizade é bem mais profunda do que amor, bem mais resistente, bem mais persistente, bem mais presente, bem mais transparente. Não me falem de amor hoje. Porque até quando ele se acaba, é ela que sempre sobra e enfeita um final feliz."

 (Cáh Morandi)







ROCCANA


ANA LÚCIA, ANAVÓ





Sempre me comovo com cenas de amor explícito. Aqui, Ana Lúcia, minha amiga, que é avó do Henrique.
Ana & Kike em estado de amor. 



Da janela lateral

(da janela lateral do apartamento da minha amiga Ana Lúcia Teixeira. Fiquei fascinada por este prédio!)





As três palavras mais estranhas





"Quando pronuncio a palavra Futuro,
a primeira sílaba já se perde no passado.

Quando pronuncio a palavra Silêncio,
suprimo-o.

Quando pronuncio a  palavra Nada,
crio algo que não cabe em nenhum não ser."



SZYMBORSKA, Wisława. "Instante". In:_____. Poemas. Trad. Regina Przybycien. São Paulo: Companhia das Letras, 2011.







SONETO 76

(domingo, no parque)


Soneto 76

"Por que meu verso é sempre tão carente
De mutações e variação de temas?
Por que não olho as coisas do presente
Atrás de outras receitas e sistemas?
Por que só escrevo essa monotonia
Tão incapaz de produzir inventos 
Que cada verso quase denuncia 
Meu nome e seu lugar de nascimento?
Pois saiba, amor, só escrevo a seu respeito
E sobre o amor, são meus únicos temas. 
E assim vou refazendo o que foi feito, 
Reinventando as palavras do poema.
Como o sol, novo e velho a cada dia,
O meu amor rediz o que dizia."


Sonnet 76

Why is my verse so barren of new pride,
So far from variation or quick change?
Why with the time do I not glance aside
To new-found methods, and to compounds strange?
Why write I still all one, ever the same,
And keep invention in a noted weed,
That every word doth almost tell my name,
Showing their birth, and where they did proceed?
O know sweet love I always write of you,
And you and love are still my argument;
So all my best is dressing old words new,
Spending again what is already spent:
For as the sun is daily new and old,
So is my love still telling what is told.






SHAKESPEARE, William. "Sonnet 76". In: CARNEIRO, Geraldo (trad. e org.). O discurso do amor rasgado. Poemas, cenas e fragmentos de William Shakespeare. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2012.


(Encontrei no blog do Antônio Cícero)



segunda-feira, 1 de julho de 2013

cor e luz de inverno, em Porto Alegre





"No inverno te proteger

no verão sair pra pescar

no outono te conhecer

primavera poder gostar

e no estio me derreter

pra na chuva dançar e andar junt
o!"




Beto Guedes






INSÔNIA



Meia noite e meia

Uma pedra range

Uma porta late

Um cachorro longe

O motor de um carro

No portão de casa

Bate o vento passa

Na janela inteira




Meia lua cheia

Na montanha imóvel

Que me olha imensa

Fora do que penso

No meio da sala

Meu sapato encalha

Nos pés da cadeira

Um som que não pára




No silêncio claro

Do vidro uma abelha

Zumbe em minha telha

Chove minha cara

Velha agora espelha

Na poça uma estrela

Treme e atravessa

O avesso da véspera

Desamanhece

E eu desadormeço



(Arnaldo Antunes/Zé Renato)















"Amor é coragens. E é sede depois de se ter bem bebido"



(João Guimarães Rosa - In Dão Lalalão; Noites do Sertão)













SEGREDOS  DE  AMOR


“A minha mulher adoeceu. Estava constantemente nervosa por causa dos seus problemas no trabalho, vida pessoal e das suas falhas e problemas com os nossos filhos. Perdeu cerca de 13 quilos e pesava pouco mais de 40 quilos aos 35 anos. Ficou demasiado magra e chorava constantemente. Não era uma mulher feliz. Tinha dores de cabeça constantes, dores no peito e tensão muscular nas costas. Não dormia bem, adormecia somente de madrugada e cansava-se muito durante o dia. A nossa relação estava à beira da ruptura. A sua beleza começava a abandoná-la. Tinha papos debaixo dos olhos, andava sempre desgrenhada e parou completamente de cuidar de si. Recusava trabalhar no cinema e rejeitou vários papéis. Perdi a esperança e pensava que nos divorciaríamos em breve… Foi então que decidi tomar algumas medidas. Afinal, eu tenho a mulher mais bonita do mundo. Ela é a mulher ideal para metade dos homens e mulheres do planeta e eu era o único a ter o privilégio de adormecer ao seu lado e de poder abraçá-la. Comecei a mimá-la com flores, beijos e muitos elogios. Surpreendia-a e tentava agradá-la em todos os momentos. Enchi-a de presentes e comecei a viver apenas para ela. Só falava em público a seu respeito e relacionava todos os assuntos com ela, de alguma forma. Elogiei-a a sós e em frente a todos os nossos amigos. Podem não acreditar, mas ela começou a renascer, a florescer… Tornou-se ainda melhor do que era antes. Ganhou peso, deixou de andar nervosa e ama-me ainda mais do que antes. Eu nem sabia que ela podia amar tão intensamente. E então percebi: ‘A mulher é o reflexo do seu homem’”.




Texto de Brad Pitt publicado na revista americana “Identity Magazine”, sob o título “Um Segredo de Amor”.



 (O texto é uma declaração de amor, acredito que a frase "A mulher é o reflexo do seu homem", seja um alerta para o comportamento masculino.)