Que horas são?

sábado, 4 de agosto de 2012



"Como o tempo custa a passar quando a gente espera!
Principalmente quando venta.
Parece que o vento maneia o tempo."



Érico Veríssimo



ÁLBUNS COMPLETOS...PARA OUVIR E GUARDAR

                                       CREEDENCE CLEARWATER




                                       ERIC CLAPTON




                                       SANTANA




                                       SIMON & GARFUNKEL




                                       EAGLES








"Eis o que consegui: / tudo estava partido e então/ juntei tudo em ti."




Lívia Garcia Roza


                                        


"Tudo que eu queria escrever Marguerite Youcenar escreveu em um título: "Como a água que corre".
Nem uma palavra mais preciso para dizer o que quero e o que posso ser.
Entregar-me como a água que corre e sequer se sabe, e segue na direção possível,com os contornos que se fazem necessários.
Gentil e paciente e dócil e resoluta e imperiosa e corajosa.  Até o mar."



ÂNGELA LAGO,
escritora,   ilustradora, multitalentosa e inspiradora


                                     (lá nas Minas Gerais...)



"O tempo tem em suas mãos dois grandes poderes.
O primeiro é levar embora.
O segundo é perpetuar.
Podemos lidar com ele dessas duas maneiras: deixando que as coisas passem ou fazendo com que o passar dos anos torne nossa história ainda mais presente."



(da minha amiga Milena Fischer)



sexta-feira, 3 de agosto de 2012

                                                    (Ana Bolena)

 

O QUE LER


                                                                          David Coimbra



"Vou indicar um ótimo livro para você que, nesses tempos olímpicos, quer aprender mais sobre a Velha Albion, e ao mesmo tempo se divertir.
Trata- se de “ Soberano”, de C. J. Sansom.
É um romance policial histórico que se passa no reinado de Henrique VIII.
Faz parte da Coleção Negra, da Record.
O herói de Sansom é um advogado corcunda que, em meio à trama, se converte em detetive.
O tempo de Henrique VIII foi um tempo sombrio.
Henrique pode ser considerado o rei mais polêmico da Inglaterra.
Foi ele quem rompeu com a Igreja Católica e criou a Igreja Anglicana.
E por que tomou essa atitude drástica? Por causa de uma mulher.
O rei queria se casar com Ana Bolena, mas, como já era casado com a santarrona espanhola Catarina de Aragão, tinha de se divorciar.
Pediu permissão ao papa para o divórcio, o papa não concedeu e então Henrique criou sua própria Igreja, que lhe permitiria fazer o que bem entendesse.
Deve ter sido uma mulher e tanto, essa Ana Bolena, para enlouquecer o rei a tal ponto.
Só que, depois de casar com o homem, ela continuou enlouquecendo- o.
Henrique cansou- se dela, como sói acontecer com maridos de mulheres mimadas.
Para arrematar, Ana não conseguia dar- lhe um filho homem.
Henrique decidiu livrar- se dela.
Como? O rei concluiu que suportar a fama de ser corno era melhor do que suportar a convivência com a mulher, alegou que ela o traía com o próprio irmão ( dela) e mandou- a para o cadafalso, onde foi decapitada de um único golpe de espada por um carrasco mandado vir especialmente da França para a tarefa.
Dizem que o fantasma de Ana Bolena ainda vaga à noite ao redor da Torre de Londres, com sua bela cabeça debaixo do braço.
Vou passar lá uma noite dessas para ver se vejo essa rainha fascinante.
Ana Bolena bem pode ser classificada como uma das mulheres mais influentes da História.
Além de ter provocado a mudança religiosa de toda uma nação, foi mãe de uma ruivinha chamada Elizabeth, que, depois de ser deserdada, presa e quase morta, se transformaria numa das grandes rainhas da Inglaterra, conhecida no mundo inteiro como A Rainha Virgem."



Blog do David Coimbra, postado em 22 de julho de 2012






quinta-feira, 2 de agosto de 2012

SESSÕES DE PSICANÁLISE...





                               C.G. JUNG


 

 
                           CARL JUNG  E  SIGMUND FREUD, 1906





 
                                                          J.LACAN


mais fotos aqui: 
http://intelectuaisvaoapraia.tumblr.com/


quarta-feira, 1 de agosto de 2012

                    (fotos feitas para a revista TRIP, por Carlos Alberto Ricceli, marido de Bruna)



Por que hoje é o aniversário de sessenta anos (!!!!) da Bruna Lombardi, vê-se que a beleza e o tempo andam de mãos dadas.




CONTÁGIO

"Feroz em nós uma paixão de novo
nos ameaça
nos faz vibrar, o sangue flui
sobe no rosto
de repente a gente fica
disposto a tudo
e tudo é pouco
não importa que essa loucura
não tenha alívio
a gente muda, respira de outro jeito
arfa no peito sempre uma pressa
sempre aquela vontade
sozinha fico metade
depressa me abraça, uma saudade
que dói, uma coisa que arrebenta
e não se agüenta mais.
A gente se entrega ao risco
arrisca a pele, perde o rumo
no prazer dessa desorientação
A gente quer explodir e não pode
quer se conter e não sabe
quer se livrar do jugo da paixão
mas não quer que ela acabe."


(Bruna Lombardi) 

 

                                          (quietude para entender as surpresas do caminho)






 Maria. Mar(ia).

 Mar de Maria

 (Mar)ia de mim

 Mar(ia) em ti

 Ana, que é Maria

 Ana Maria.


terça-feira, 31 de julho de 2012

UMA PAIXÃO E UM VÍCIO

                         




Por que sou fascinada por lenços e echarpes e nem sempre sei como amarrá-los corretamente, trouxe estes tutoriais para compartilhar com quem tem as mesmas dúvidas que eu. 








FRIO

                                                     (Google Imagens)



Dias de frio e chuva...







                                    (mar da Praia de Torres...)




"quebra-mar

quebra mar


quero amar


sem bramar


abrandar


sem bradar


quebrantar


sem quedar"





                      (gabriel bicalho)



                                                                                (além do horizonte...)



Gosto de passear pelos blogs dos meus amigos, cada visita, um abraço.
Meu  amigo Eurípedes pôs seu blog para descansar e não tem postado, mas colhi uma flor naquele jardim e trouxe pra cá. São respostas a perguntas feitas, em postagem, pela Ana Lúcia, dona do inspirador ROCCANA http://roccana2.blogspot.com.br/.

Separei este trecho para reproduzir aqui e compartilhar as perguntas com quem me visita. No intervalo dos acontecimentos, vale (re)pensar sobre o que nossa alma fala e quais os sons do nosso coração. Munida de coragem tenho buscado respostas, afinal, o legado que a Vida nos dá, todos os dias, são questionamentos infinitos, poucas certezas e um desejo imenso de acertar sempre.


"Por que a lágrima lava a alma?"
"Até onde chega o teu silêncio?"
"Por que a alma chora?"
"Quem ouve teu grito?"
 




"Por que a lágrima lava a alma?

Porque a alma suja desidratada é lavada irrigada com a água pelo coração fabricada.


.Por que a alma chora?
 
"Porque precisa expelir traição, decepção falta de opção, que causam intoxicação deterioração."


.Até onde chega o teu silêncio?

Ao limite da tortura. Ao confessionário


.Quem ouve teu grito?

'Meu coração (que não tem ouvidos)' "



(Eurípedes Alvarenga Barbosa, amigo querido, médico, mineiro, engraçado, inteligente  e com tantos compromissos pessoais que virou nuvem, holograma. Que ele telefone, mande email, carta, mensagem, código morse,  ou primitivos sinais de fumaça que saberemos decodificar.)



                                                                 (praia de Torres num dia de chuva)




      "Deixei uma ave me amanhecer.(...)" 

                                          (Manoel de Barros)


  Eu deixei uma saudade me anoitecer...

                                                             (um passarinho que voou...)





"(...)Você que inventou a tristeza, ora tenha a fineza de desinventar(...)"


 (chico buarque)

segunda-feira, 30 de julho de 2012

PARA OUVIR MARIA BETHÂNIA...

letras e vídeos no Multishow Música »




EU VELEJAVA EM VOCÊ




Eduardo Dusek / Luiz Carlos Góes

"Eu velejava em você
Não finja!
Como coisa que não me vê
E foge de mim...
A boca tremia,
Os olhos ardiam
Oh! Doce agonia
Oh! Dor de viver
De ver sua imagem
Que eu nunca via
Sua boca molhada
Seu olhar assanhado
Convite pra se perder
Minha alma cansada
Não faz cerimônia
Você pode entrar sem bater
Pois eu já velejei em você
E foi bom de doer
Mas foi, como sempre, um sonho
Tão longe, risonho

Eu Velejava Em Você

Sinto falta,
Queria lhe ver..."


PARA OUVIR FAGNER...

letras e vídeos no Multishow Música »
                                             (praça da alfândega em Porto Alegre)

 
 


"Nunca eu tivera querido
Dizer palavra tão louca
Bateu-me um vento na boca
E depois no teu ouvido
Levou somente a palavra
Deixou ficar o sentido

O sentido está guardado

No rosto com que te miro
Nesse perdido suspiro
Que te segue alucinado
No meu sorriso suspenso
Como um beijo malogrado

Nunca ninguém viu ninguém

Que o amor pusesse tão triste
Esta tristeza não viste
E eu sei que ela se vê bem
Só se aquele mesmo vento
Fechou teus olhos também."


Cecília Meireles


(Um poema de Cecília Meireles que Fagner traduziu em notas musicais.)

 
                       (recital na Feira do Livro/2011 em Porto Alegre)





"Quando nada mais é evidente,   uma vez suprimida a tranquilizadora familiaridade do mundo, permanece apenas a mudez da pura presença."
 
 
 



Sylvie Le Bon de Beavoir,
na apresentação do livro "Cartas a Nelson Agre - Um amor transatlântico - 1947- 1964"



domingo, 29 de julho de 2012



    (água que corre ao lado da casa da minha mãe...)




TUDO PASSA! Dores e alegrias alternam-se pelos dias. Rotas planas, íngrimes caminhos, tudo passa, tudo se transforma. Alquímicos, saberemos (re)criar nossa essência para, com novas bagagens, seguir a mais interessante das viagens: a Vida!
A dor ensina e seleciona.  Amálgama de um aprendizado que não deve ser esquecido quando as alegrias nos visitarem.





A   GRANDE   DOR   DAS   COUSAS QUE   PASSARAM




"Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que para mim bastava amor somente.

Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.

Errei todo o discurso dos meus anos;
Dei causa a que a fortuna castigasse
As minhas mais fundadas esperanças.

De amor não vi se não breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Gênio de vinganças!"





CAMÕES


                                     (um café, muitas palavras, todas as certezas...)





silêncio
 
si.lên.cio    sm (lat silentiu) 

"1 Ausência completa de ruídos; calada.  2 Estado de quem se cala ou se abstém de falar; recusa de falar.  3 Abstenção voluntária de falar, de pronunciar qualquer palavra ou som, de escrever, de manifestar os seus pensamentos. 4 Taciturnidade.  5 Discrição. 6 Interrupção de um ruído qualquer.
7 Abstenção de publicar qualquer notícia ou fato, de comentar o que é geralmente sabido. 8 Descanso; estado calmo; estado de paz, de inação. 9 Interrupção de correspondência epistolar. 10 Mistério, segredo. 11 Ausência de menção; omissão em uma relação verbal.12 Suspensão que faz no discurso o orador ou a pessoa que fala.(...)"



Michaelis -  Moderno Dicionário da Língua Portuguesa


 
                                    (eu era míope até pouco tempo, hoje minha visão é menos distorcida...)



Ler os escritos do Padre Antônio Vieira é mergulhar no mar das inquietações. É uma leitura que nos acompanha, fazendo-nos (re)pensar temas que pensávamos claros.
O que nos faz cegos diante da Vida? Quem nos cega? Por que nos cega? Vemos apenas o que queremos ver ou nos permitimos enxergar além? E vendo com clareza, admitimos os fatos ou cerramos os olhos?  A cegueira é um caminho estreito ou nos conduz a uma felicidade inventada?
Não tenho as respostas certas, ao contrário, coleciono dúvidas. Só uma certeza me habita: quero ter a coragem de abrir os olhos diante da realidade, ainda que ela não seja tão iluminada. Viver bem é viver na luz.


CEGUEIRA DE OLHOS ABERTOS


"A cegueira que cega cerrando os olhos, não é a maior cegueira; a que cega deixando os olhos abertos, essa é a mais cega de todas: e tal era a dos Escribas e Fariseus. Homens com os olhos abertos e cegos. Com olhos abertos, porque, como letrados, liam as Escrituras e entendiam os Profetas; e cegos, porque vendo cumpridas as profecias, não viam nem conheciam o profetizado.

(...) Esta mesma cegueira de olhos abertos divide-se em três espécies de cegueira ou, falando medicamente, em cegueira da primeira, da segunda, e da terceira espécie. A primeira é de cegos, que vêem e não vêem juntamente; a segunda de cegos que vêem uma coisa por outra; a terceira de cegos que vendo o demais, só a sua cegueira não vêem."




 Padre António Vieira, in "Sermões"