Que horas são?

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012




Sempre achei que a vida deveria ter trilha sonora. Ouço música em quase todos os momentos do dia. Música para a alegria, para a tristeza, para as angústias, para sonhar, para dormir e para acordar.

E, por vezes, deixo de ouvir algumas porque seria relembrar momentos que desejo esquecer. Outras faço questão de ouvir pela vida toda, porque acalmam meus desassossegos todos.

Amor sem trilha sonora? Não sei como seria. As partituras descrevem cada momento que vivi. Cada nota é um batimento do meu coração. Gosto das músicas delicadas, suaves, amorosas, mas posso ouvir músicas que me arrebatam pela sua força.

Tenho trazido músicas aqui para o AMORANINHA para desenhar o contorno musical deste espaço.

A quem passar por aqui faço um convite: faça uma playlist, rememore músicas importantes e escreva lá nos comentários. Pode ser um exercício autoconhecimento.

Aperte o play e ouça:









segunda-feira, 30 de janeiro de 2012





A ANA não explica "se vai de medo ou se vai de aflita"...Ela apenas vai em frente, seguindo seu coração.




Ô, ANA


(Mallu Magalhães)


Ô, Ana,
Cê sái tão cedo
E nunca explica
Se vai de medo
Ou se vai de aflita.

Ô, Ana,
Abre o teu quarto
Vou de visita
Eu gosto tanto
De te ver bonita.

Se desse eu dava ana
Aquele brinco pra você.
Se eu pudesse eu comprava ana
Todas as roupas pra você provar.
Eu dava tudo ah,
O meu violão eu largava,
Eu dava tudo
Pra visitar teu coração.

Ô, Ana,
Cê sái tão cedo
E nunca explica
Se vai de medo
Ou se vai de aflita.



domingo, 29 de janeiro de 2012

P L A Y L I S T























" O POETA PEDE AO SEU AMOR
QUE LHE ESCREVA

Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.

O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.

Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de kordiscos e açucenas.

Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.


( tradução: William Agel de Melo )

Federico Garcia Lorca (1898 - 1937)

(Busquei lá do Carlos Eduardo Leal)