Patrícia Reis é uma mulher bonita, magra, loira, traços delicados e muito elegante. Tem uma simplicidade que aproxima. Ouvi Patrícia ler o trecho de um de seus livros, no encontro dos escritores portugueses, no IEL - Instituto Estadual do Livro/RS.
Ao final, fiz uma pergunta dirigida ao José Luís Peixoto e a ela sobre seus livros em que, cada um, de formas diferentes, escreveu para registrar a Vida e suas passagens como legado aos filhos. Patrícia disse: "A coisa mais importante na Vida é a amizade." esta foi a mensagem que quis passar.
“Procura alguém que saiba mais do que tu. Não te limites a receber. Aprende a dar. A reciprocidade é essencial.” (mãe do personagem Pedro, no seu leito de morte, p 195, do livro "Por este mundo acima", Patrícia Reis).
"A amizade é um amor transfigurador e potente. É uma arma."
Conversamos, rapidamente, sobre literatura, a viagem ao Brasil e sobre filhos. É impressionante o vínculo que se forma entre as mães quando falam sobre seus filhos. Sentem-se à vontade, identificam-se, partilham experiências. Patrícia tem filho adolescente, como eu e, mesmo morando em países diferentes, pareceu que falávamos de vizinhos, tal a semelhança entre eles. Concluímos: ser mãe dá um trabalhão, exige muito de nós, mas a recompensa é na mesma medida.
Não consegui comprar o livro dela, não encontrei na livraria, mas deu-me mais do que um autógrafo, ganhei uma mensagem de cumplicidade e afeto para guardar e (re)ler.
As fotos foram feitas pelo escritor José Luís Peixoto, que brincou de fotógrafo e com minha câmera fez registros bonitos, emoldurados pela alegria daquele momento.
Das imensidades da Vida!
Das imensidades da Vida!
RETRATO EM PRETO E BRANCO
by José Luís Peixoto
"Romancista, jornalista e editora das revistas Egoísta e Portfolio. Começou como jornalista n' O Independente aos dezassete anos. Passou pela revista Sábado, de que foi editora, fez um estágio em Nova Iorque na revista Time e, no regresso dos EUA, colaborou no Expresso, trabalhou nas revistas Marie Claire e Elle e nos «projectos especiais» do jornal Público. Em 1997 passou a colaborar com o atelier de Henrique Cayatte, na produção de conteúdos para a Expo' 98. Desta colaboração surgiu o Atelier 004 de que é directora e que, entre outros projectos, produz a Egoísta. Estreou-se na ficção em 2004 com o romance Cruz das Almas."
Centro de Documentação de Autores Portugueses
09/2008