Que horas são?

sábado, 29 de outubro de 2011




                        Ao visitar o site PARIS RAGS, fiquei inspirada a falar sobre delicadeza. Lá as roupas têm esta etiqueta.

http://shabbyrosestudio.com/ParisRags/RomanticCollections/Mainpageframe.htm

DELICADEZA é o que me encanta, o que me seduz, o que me faz feliz.
 
No dicionário, o conceito:


s.f. Qualidade do que é delicado.
Fineza, gentileza, amabilidade
.




Na Vida, os gestos delicados, as amabilidades sutis que vão tecendo as relações...No sorriso que desarma, nas generosidades inesperadas...Tenho buscado a excelência da delicadeza, o refinamento da gentileza, até que ela esteja incorporada aos meus gestos, às minhas palavras. Quero poder lapidar as asperezas da Vida com finos tecidos, para que reste compreensão e empatia, parentes próximos da delicadeza.
Mesmo as pedras têm formatos mais sutis, aquelas que o rio tranforma, dá forma lisa e boa de tocar. Então, porque não oferecer ao outro uma escuta atenta, com a mais difícil das delicadezas: o silêncio? Ou buscar serenidade, quando tudo é tormenta?
Escolher palavras mais suaves para dizer as coisas mais difíceis é de uma gentileza sem fim...Exercitar a sensibilidade no trato diário, em casa,diariamente.
Ser delicado não significa omitir ou mascarar a realidade, mas usar as palavras com cuidado.
Gosto de gente atenciosa, que retorna as ligações, responde aos emails, explica os atrasos, justifica seus erros e desculpa-se quando erra. Mais do que elegante, é delicado.
Chico Buarque, na música TODO O SENTIMENTO, diz: 
 

"Te encontro, com certeza,
Talvez num tempo da delicadeza,
Onde não diremos nada;
Nada aconteceu.
Apenas seguirei
Como encantado ao lado teu."





Busquemos o TEMPO DA DELICADEZA, em todos os momentos da vida. Seguiremos encantados, todos. E mais felizes, por certo.
 







               
                Ouvi por aí...E fiquei pensando nas tantas vezes que as pessoas oferecem seu coração, aleatoriamente, irresponsavelmente.
Distribuem um só coração a várias pessoas (?), e não falo de amor generoso que partilha, se divide em vários, falo de um coração e sentimentos sendo prometidos, alimentados e jurados a tantas pessoas quanto estiverem dispostas a acreditar no que ouvem.
E então, emaranhadas nas linhas da ilusão passam a viver uma vida fantasiosa, porque nunca se concretiza. E não há ganhadores...perdem todos. As pessoas que acreditam na ilusão e quem a semeia, pois vivem um mundo paralelo, sem verdades, sem cheiros, sem toques, sem verdades, acima de tudo. E tudo poderia ser tão bom...se fosse verdade!
                 



      O desfile da grife Santhíssima, da minha amiga Georgiana Fauri foi um sucesso absoluto, como sempre é. A nova coleção traz as camisas xadrezinhas, curinga sempre e as camisas com floral romântico, superfemininas, vestidos e todas as criações  de GIGI. Bolsas e sapatos da Carmen Steffens Porto Alegre complementaram a coleção.
       Tudo colorido e vibrante para festejar as cores da primavera e anunciar os  dias do verão. Café do Porto foi palco para o desfile da elegância das roupas da SANTHISSIMA. Parabéns GIGI! Vida longa à Santhíssima!

http://www.grife-santhissima.blogspot.com
             

segunda-feira, 24 de outubro de 2011




AMOR  
 

Na véspera de ti
eu era pouca
              e sem
sintaxe
eu era um quase
          uma parte
sem outra
             um hiato
de mim.

No agora de ti
             aconteço
tecida em ponto
                cheio
um texto
com entrelinhas
            e recheio:

um preciso corpo
um bastante sim.


                                                              De Triz (1998)


Maria Esther Maciel







 



Pietro é daquelas pessoas especiais e encantadoras, que escreve com o coração. Um poeta que fala sobre as mulheres como ninguém. Neste texto que transcrevo aqui ele desvenda a alma feminina e descreve o melhor de nós.
Para as mulheres, uma homenagem. Aos homens, um aprendizado...


PORQUE HÁ MULHERES QUE PORTAM A LUA

Pietro Nardella-Dellova

 
Há mulheres que são amadas. Mas, há aquela mulher muito amada - amada assim, de fotografar, de voar, de transpirar noite adentro. Amada de cantar e dançar, amada de não compreender, amada de gemer à distância, amada de resmungar. Amada de sorrir – e rir, gargalhar. Amada de não descansar. Amada na varanda, amada na cobertura, amada no sofá, amada no banquinho, amada à direita da cama, amada à esquerda da cama, amada aos pés da cama, amada ao lado da cama, amada sob a mesa, ao lado da mesa, na cadeira.

Há mulheres que são amadas intensamente. Mas, há aquela em que a intensidade é apenas um detalhe, porque ela tem o fio da feminilidade com o qual poetas não se perdem em seus labirintos!

Há mulheres que são amadas, tão amadas, que não importa qual o vinho que se leve à boca, elas serão sempre melhores. Porém, há aquela que por ser assim, tão mais amada, o vinho e a água se misturam em alquimia, porque é mulher que faz água na boca e vinho sob seus pés!

Há mulheres, muitas mulheres, mulheres amadas que cabem no bolso ou entre as páginas de um livro. Mas, há aquela que cria a sensação de que não cabe na eternidade, porque seus beijos acontecem apenas em cada um dos universos de cada pupila, de cada poro e de cada toque – é mulher-sol!

Então, são mulheres que se despem como se fizessem música, mas, há aquela que se despe na entrada (ou na saída) do aeroporto e nunca mais usa quaisquer tecidos, porque a ela foi dado o poder de ser música e poesia - a um só tempo. O poder de ir e vir, e de segurar na mão de deuses! Ela abre suas asas, seus lábios, seus olhos e vai escrevendo nas nuvens com o sopro de sua boca que existe um amor sem fim e um modo de amar sem fim, de um “tiamosenzafine” que mistura alguma nota de Piaf com a graça de Giorgia e a energia de Pausini...

Há mulheres com as quais amar significa, antes de tudo, dar sentido às letras, às notas, aos sons, aos parágrafos, aos paraísos. Mas, há aquela, assim, tão amada, que as letras, as notas, os sons, os parágrafos, vão se perdendo no paraíso da sua pele. Porque as mulheres amadas, as muito amadas, têm sua pele como tecido a ser beijado, mas, esta, além da pele a ser beijada, tem pintinhas, milhões de pintinhas, pintinhas que formam desenhos, e formam letras, e palavras, e caminhos. Pintinhas que levam aos seios, ao fogo, ao abdômen, às costas e, por isso mesmo, os beijos se multiplicam e se tornam uma bênção única e indecifrável!

Por isso mesmo aquelas mulheres amam, mas, esta, ama e abençoa, porque o seu amor é uma unção, um nascer, um curar, um colorir, um florir. Com aquelas se buscam flores e com esta planta-se um jardim!

Há, enfim, mulheres cujos beijos marcam como fogo em um instante. Mas, há aquela, cujo beijo não termina, beijo multiplicativo, beijo que une todos os cantos do mundo e os cantos da boca, beijos mil beijos em um, “beijosmilbeijos” que partem a terra ao meio!

                   (Amazzonia, 22 novembre, 2010)

Sobre Pietro Nardella - Dellova:

http://nardelladellova.blogspot.com/
(Professore di Diritto e Filosofia da 1990, Consulente USA Itália Europa Brasile; Ms Sinagoga Scuola. Studi: Filosofia; Giurisprudenza; Specialista in Diritto Civile; Specialista in Letteratura; Master in Scienza della Religione, PUC/SP; Master in Diritto e Filosofia del Diritto, USP; Membro dell'UBE (Scrittori brasiliani, portoghesi e italiani); dell'ABEDI (Studo Giuridico). Libri e gli altri Scritti: AMO, 1989; NO PEITO, 1989; ADSUM, 1992; FIO DE ARIADNE, 1994 (org); LA PAROLA SACRA E UMANA, 1998; LA CRISI DEL DIRITTO, 2000; GIUSTIZIA, Z. Zini (traduzione); FILOSOFIA DEL DIRITTO PRIVATO, Pietro Cogliolo (traduzione); LA MORTE DEL POETA (A MORTE DO POETA NOS PENHASCOS E OUTROS MONÓLOGOS). Ed. Scortecci, 2009, 312 pag (Livraria Cultura);)
 




Macerar, alquimiar, transformar, renascer, aprofundar, renovar...Escorpião conjugando seus verbos. Com a proximidade do meu aniversário, uma fênix queima em mim, negatividades em brasa a liberar espaços para um tempo fértil de felicidades. Descartar excessos, relações frágeis, indecisões. Um ano pessoal novinho, revestido de esperanças, significados e delicadezas afetivas.



"Diagonal da luz que se inclina na cadência de flores e folhas, vento espiral que levanta os tecidos e revela escondidos, vida fervilhante em contínua transformação.

Na temperatura que se eleva, as cascas que se desprendem, a maceração dos temperos, o desejo que desperta e impele. O Sol ingressa em Escorpião no dia 23 às 16h30min (horário verão), etapa da jornada zodiacal em que o caminhante mergulha nos recessos de sua psique, acessa seus poderes e talentos e encara os desafios de se alquimiar e renascer de si mesmo, em escala e qualidade superior.

No dia 26, a Lua encontra o Sol e se faz Nova nesse signo, reatualiza o casamento sagrado de nossas forças pessoais, comunhão de polaridades no engenho da renovação. Tudo é possível. Movimentações no jardim do profundo, camada por camada. Câmara do coração que se amplia e abre as asas, o caminhante é fênix liberta que ascende e se faz céu, planeta e humanidade."



           (CÉU DA SEMANA - AMANDA COSTA - www.amandacosta.com.br)

domingo, 23 de outubro de 2011



Ele, indeciso, inseguro, dispersivo, buscador...

Ela, dramática, visceral, gentil, possessiva, carinhosa...


Amor exagerado. Anos 80...Dire Straits...
Pink Floyd.

Amor em alta velocidade.



                               (continua em algum momento...)