A Força de não ter Força
"Eu a canga e o amor o brilho.
Eu a pedra e o amor a gema.
Eu o gemido e o amor o canto.
Eu o transido e o amor o vento.
Eu grão-podrido do amor arvoredo.
Eu as cinzas, os senões
de seu alento alteando-se chama.
Eu ao meio, a pedaços e farpas,
pondo-me inteira a sua agulha,
a seu amálgama de suor e sal,
que meu sabor é sabê-lo
e meu saber é saboreá-lo."
Maria Carpi, A Força de não ter Força - Editora Bertrand Brasil, 2004
Muito, muito, muito bom...
ResponderExcluirEu e minhas circunstâncias. Rssss...
Ana, a Maria Carpi é mãe do Carpinejar e começou a escrever bem tarde. Tenho livros dela. São de uma intensidade absurda! Ah! E a foto eu fiz em Santo Antonio de Lisboa, o Centro Cultural que visitei é um paraíso onde me perdi por horas a fio. Beijo
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