Que horas são?

domingo, 4 de março de 2012




CHUVA POÉTICA



"O céu rasgou-se espada afora
e verteu lágrimas,
muitas lágrimas,
copiosamente lágrimas.
... Não sei se eram de tristeza ou indignação.
Também, não adianta perguntar,
que ninguém responde.
Pus minha canequinha ao lado de fora da janela,
... ela quase transbordou.
Estou rica: tenho uma caneca com lágrimas do céu.
Os vizinhos caçoam:
quem é que compra um punhado de chuva?"

Flora Figueiredo




Nenhum comentário:

Postar um comentário