"Até os 30 anos, eu carregava 50 certezas absolutas. Venho perdendo, em média, uma por ano. Se minhas contas estiverem certas, não terei nenhuma certeza categórica por volta dos 80 anos e passarei, então, a viver na dúvida.(...)"
E eu que sempre defendi minhas certezas, hoje sinto, da mesma forma. Elas já rareiam, são poucas, bem poucas. As que restaram movem meus pensamentos em direção à dúvida. Minhas certezas não geraram destino, puseram-me nos trilhos, nem sempre escolhidos. Aos vinte anos, idealista e romântica, tinha todas as certezas do mundo. Aos trinta, algumas se dissiparam no caminho. Aos quarenta a Vida trouxe-me um pacote de incertezas e o que era definitivo e sólido transformou-se em tecido delicado de possibilidades. Agora, bem perto mais perto dos cinquenta anos, bordo as horas e os dias. Ir, além, é pura possibilidade.
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