"E logo que anoiteceu seus olhos se entreabriram. Oh, um pouco, muito pouco. Era como se quisesse olhar, escondida atrás dos longos cílios.
Todos que a velavam debruçaram-se então, na chama dos altos círios, para observar a limpeza e a transparência daquela faixa de pupila que a morte não tinha conseguido embaçar. Respeitosamente maravilhados, inclinavam-se sem saber que Ela os observava.
Porque Ela via e sentia."
María Luisa Bombal - A Amortalhada - Cosacnaify, p. 69. 2013.
"Uma maravilha de livro que recomendo, entusiasticamente!"
Carlos Eduardo Leal (meu amigo, psicanalista, escritor, artista plástico e poeta, desde que nasceu)
Nenhum comentário:
Postar um comentário