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domingo, 29 de janeiro de 2012

P L A Y L I S T























" O POETA PEDE AO SEU AMOR
QUE LHE ESCREVA

Amor de minhas entranhas, morte viva,
em vão espero tua palavra escrita
e penso, com a flor que se murcha,
que se vivo sem mim quero perder-te.

O ar é imortal. A pedra inerte
nem conhece a sombra nem a evita.
Coração interior não necessita
o mel gelado que a lua verte.

Porém eu te sofri. Rasguei-me as veias,
tigre e pomba, sobre tua cintura
em duelo de kordiscos e açucenas.

Enche, pois, de palavras minha loucura
ou deixa-me viver em minha serena
noite da alma para sempre escura.


( tradução: William Agel de Melo )

Federico Garcia Lorca (1898 - 1937)

(Busquei lá do Carlos Eduardo Leal)




2 comentários:

  1. Essa Amoreninha tá muito linda!
    Tu tens um gosto incrível pra música, Ana Maria!
    Teu blog é 10, tudo é bonito aqui.
    Bjim

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  2. Rosamaria, tão bom ler estas tuas palavras carinhosas! Um afago na alma! Venha sempre me visitar, adoro te receber. Beijinhos

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